Queda de Aeronave em Vinhedo: Moradores do Condomínio Recanto Florido Vivem Momentos de Pânico
Moradores do condomínio Recanto Florido e seus vizinhos do Bairro Capela, em Vinhedo, viveram momentos de pânico ao avistar a aeronave da Voepass caindo em direção ao solo.
Relatos de Moradores
O avião começou a rodopiar. Aí ele deu uma outra volta. A casa tremeu, lembra Nathalia Poiato, de 61 anos. A gente não sabia o que fazer. Corria para dentro, corria para fora. Na hora em que o avião caiu, já explodiu e começou a sair fumaça e muito fogo.
Estou em estado de choque, diz Aline Lima, moradora da casa cujo jardim foi atingido pela queda do avião. Ela estava na residência ao lado do marido e de uma ajudante. Meu jardim ficou completamente destruído, mas estamos todo bem, graças a Deus.
Detalhes do Acidente
A aposentada Gertrudes Pereira, de 72 anos, estava na cozinha quando ouviu o barulho do avião em queda e saiu rapidamente na varanda. Achei que ia cair em cima da minha casa. Sua nora, a educadora Michele Simões, estava com ela. A parede até tremeu, conta. Em um primeiro momento, ela achou que era um helicóptero querendo pousar. Até que ouviu o estrondo da queda. Então, subiu uma fumaça preta muito forte.
Reações dos Moradores
Renata Mezzanati, moradora de um condomínio vizinho, descreveu o pânico que passou ao lado da sua filha no momento do acidente. Era por volta das 13h20 e eu chamei a minha filha para a gente ver pela janela de onde estava vindo aquele barulho, que era muito alto. Logo depois, quando a gente olhou de novo, vimos que o avião estava descendo, rodopiando em cima da nossa casa, até que caiu bem pertinho da gente.
Beatriz Contatto, moradora da rua onde o avião caiu, estava fora de casa e recebeu uma ligação da mãe na hora da queda. Ela achou que o avião poderia cair na nossa casa. Minhas filhas estavam com ela. Minha mãe disse que percebeu o barulho muito alto aumentando e ficando cada vez mais próximo, e que estava acompanhando o avião caindo. Depois, ouviu uma explosão quando ele tocou no solo.
Impacto no Entorno
A aeronave ART 72-500 caiu nas imediações da casa de Delmiro Menezes de Souza, de 65 anos. Com o susto, ele sofreu uma queda brusca da pressão arterial. O avião embicou para o meu lado. Pensei: Agora vai me matar. Ele girou e, quando eu vi, foi o baque. Eu tenho pressão alta, mas, na hora, ela baixou demais, disse.
Gritos
Grazielli, também vizinha do local do acidente, relatou ter ouvido duas explosões. Minha mãe começou a gritar que o avião estava caindo. Eu entrei correndo. Aí ela me puxava para um lado e eu puxava ela para o outro. A gente não sabia se saía de casa ou se voltava para dentro. Houve uma explosão. Logo em seguida, mais uma. Foram duas, lembra.
Repercussão e Ações Posteriores
Luis Augusto de Oliveira, analista de sistemas, de 56 anos, teve a casa danificada por causa do acidente. Na tarde de ontem, ele recolheu alguns pertences pessoais, como malas, roupas, produtos de cosméticos e itens de geladeira antes de sua residência ser interditada.
O prefeito de Vinhedo, Dario Pacheco, afirmou que foi ao condomínio onde aconteceu o acidente para tentar ajudar e socorrer as vítimas como médico, mas que não foi possível prestar o socorro devido ao risco de explosão. Eu cheguei na hora e vi, sou médico, vim para trabalhar, para socorrer. Mas, chegando e vendo o mundo de chamas e o risco de explosão, não teve como chegar ao local propriamente, chegamos a 20 metros do acidente só.