Protestos contra projeto de lei que equipara aborto ao homicídio se espalham pelo País
Na noite da quinta-feira, 13, diversos protestos contra o projeto de lei 1.904/24, que equipara o aborto ao homicídio e aumenta a pena, ocorreram em várias cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis. As manifestações foram organizadas principalmente pela Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto.
Aprovação de urgência do projeto na Câmara gera revolta
No dia anterior, 12, a Câmara dos Deputados aprovou urgência para a votação do projeto. Com essa medida, o texto pode ser votado diretamente no plenário, sem passar por discussão nas comissões. A aprovação da urgência foi anunciada apenas 23 segundos após o início da votação, causando indignação entre os manifestantes.
Manifestantes se reúnem em São Paulo contra o projeto de lei
Em São Paulo, os manifestantes se reuniram no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Rebeca Mendes, advogada e diretora-executiva do Projeto Vivas, criticou a rapidez com que o projeto foi aprovado, colocando em risco os direitos das mulheres vítimas de violência sexual. A advogada enfatizou a inconstitucionalidade do projeto e o impacto negativo que teria na vida de milhões de meninas e mulheres.
Depoimento emocionado de vítima de violência sexual
Jennyffer Tupinambá, indígena do povo Tupinambá de Olivença e sobrevivente de violência sexual na infância, expressou sua emoção durante o protesto na Avenida Paulista. Ela questionou a imposição de ter um filho de um estuprador e destacou a importância de respeitar os direitos das vítimas de violência sexual.
Manifestações no Rio de Janeiro e em Brasília
No Rio de Janeiro, a manifestação ocorreu na Cinelândia, enquanto em Brasília foi no Museu da República. A mobilização contra o projeto de lei ganhou apoio e visibilidade em diversas regiões do país.
Projeto de lei restringe direitos das mulheres e vítimas de estupro
O projeto de lei em questão proíbe qualquer forma de aborto após a 22ª semana de gestação, equiparando-o a um homicídio e impondo penas de seis a 20 anos para as mulheres que realizarem o procedimento. Essa medida gerou críticas e preocupações sobre a proteção dos direitos das mulheres e das vítimas de estupro.
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