Dólar opera em alta no mercado doméstico
Sinais de cautela dos investidores
Após oscilações nos últimos pregões da semana passada, o dólar à vista encerrou em leve alta nesta segunda-feira. Investidores demonstraram cautela, aguardando novos sinais sobre a política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Forças opostas na formação da taxa de câmbio
O dólar recebeu influências de forças opostas: a alta da moeda americana no exterior e as tensões geopolíticas no Oriente Médio impulsionaram a valorização, enquanto a firme valorização de commodities e a entrada de capital estrangeiro na bolsa deram suporte ao real.
Dólar fecha em alta
O dólar à vista apresentou máxima a R$ 5,5130 e mínima a R$ 5,4735, encerrando o dia a R$ 5,4928, com aumento de 0,24%. No mês, a moeda já acumula desvalorização de 2,87%, tornando o real a segunda melhor divisa latino-americana.
Indicadores econômicos influenciam o mercado
No exterior, o dólar apresentou leve alta em relação a outras divisas, acompanhando também o aumento das cotações do petróleo devido a eventos como a interrupção da produção na Líbia e conflitos em países do Oriente Médio. Investidores aguardam os próximos indicadores econômicos para definirem suas estratégias.
Expectativas para a política monetária e o mercado financeiro
A expectativa pelo início do corte de juros nos EUA em setembro e indicadores como o PIB e o índice de preços de consumo nos EUA e o IPCA-15 no Brasil trazem volatilidade ao mercado. Economistas apontam que o comportamento do dólar reflete a aversão ao risco e questões técnicas do mercado de câmbio.
Posicionamento do Banco Central diante da autonomia
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, minimizou divergências dentro do Copom, destacando a importância da autonomia do BC na tomada de decisões. Analistas demonstraram desconforto com discursos divergentes de membros do Copom em relação à taxa de juros.
Projeções para o real
O Rabobank prevê apreciação do real com o início do corte de juros nos EUA e a manutenção da taxa Selic no Brasil. No entanto, incertezas fiscais nacionais ainda pressionam o câmbio, com projeções de taxa de câmbio em R$ 5,20 no final de 2024 e R$ 5,18 em dezembro de 2025.