Polícia Civil investiga ameaça de morte à deputada Talíria Petrone
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou a abertura de um inquérito para investigar a ameaça de morte endereçada à deputada federal Talíria Petrone (PSOL). A parlamentar relatou o caso através das redes sociais nesta segunda-feira.
Investigação em andamento com sigilo
De acordo com a Polícia Civil, a investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e corre sob sigilo. A ameaça foi recebida pela deputada por meio dos e-mails institucionais de seu mandato, contendo termos racistas.
Ameaça com termos racistas e detalhes pessoais
No e-mail lido pela deputada, a ameaça trazia o seguinte conteúdo: “Talíria Petrone, sua macaca fedorenta, a milícia tem que te colocar no caixão. Se você não renunciar ao seu mandato de deputada e à sua candidatura a prefeita de Niterói e abandonar a política, eu vou te matar”. Além disso, o autor da mensagem fez menções ao endereço do gabinete da deputada, detalhes de sua rotina e da agenda de sua pré-campanha à Prefeitura de Niterói. Também foram citados nominalmente os filhos de Talíria Petrone.
Talíria Petrone se pronuncia
A deputada classificou as ameaças como um ataque à democracia e afirmou que a divergência faz parte da política, mas a violência não pode ser tolerada. Ela reforçou sua determinação em não se intimidar: “Nós não vamos recuar. Nós vamos dobrar nossa força”. Talíria ainda convocou a população a apoiar candidaturas de mulheres negras, ressaltando a importância de paz na política.
Manifestação do PSOL
Nesta terça-feira, o PSOL também se manifestou pelas redes sociais, solidarizando-se com Talíria Petrone. O partido lembrou que essa não é a primeira ameaça sofrida pela deputada, que em 2020 chegou a denunciar as sucessivas ameaças às relatoras de Direitos Humanos da ONU.