Procuradoria-Geral da República mantém prisão de acusados no caso Marielle
Governo envia parecer ao STF
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta quinta-feira (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer para manter a prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Eles estão detidos desde março deste ano, sob a suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Decisão da PGR
No documento, o vice-procurador Hidenburgo Chateaubriand defende que os três acusados permaneçam presos. A PGR argumenta que a custódia é necessária para a garantia da ordem pública e para o andamento das investigações. O pedido de soltura foi feito pela defesa dos acusados, mas a PGR se opõe a essa solicitação.
Argumento do procurador
Segundo o procurador, “o quadro que justificou a decretação das prisões não sofreu nenhuma alteração. Os elementos fáticos permanecem rigorosamente os mesmos, não havendo motivo para que as decisões sejam revogadas”.
Pedido de soltura
O pedido para soltar os três acusados foi feito ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo. A defesa alega que não há perigo de fuga e que medidas menos restritivas poderiam ser determinadas pelo ministro em substituição à prisão.
Novos réus no caso
No dia 18 de junho, o Supremo transformou em réus o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão, deputado federal (sem partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos estão respondendo pelos crimes de homicídio e organização criminosa.