Impeachment do ministro Alexandre de Moraes é articulado pela oposição no Congresso
Revelação de ordens não oficiais causam polêmica
Depois de uma reportagem divulgada pela Folha de S.Paulo apontando que o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teria dado ordens de forma não oficial para a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a oposição no Congresso se articula para pedir o impeachment do magistrado. Essas ações foram realizadas por meio de mensagens para embasar decisões do próprio ministro contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.
Defesa de Moraes e movimentações no Congresso
Moraes defendeu-se, afirmando que o TSE tem “poder de polícia” e que os relatórios solicitados foram “oficiais e regulares”. Já a senadora Damares Alves (Republicanos) anunciou que o senador Eduardo Girão (Novo) apresentará um pedido de impeachment de Moraes, sugerindo que o ministro renuncie “pelo bem da democracia”.
Ações programadas no Congresso
Girão afirmou ao Estadão que o pedido de impeachment faz parte de uma campanha nacional que terá início em frente à Presidência do Senado e que será seguida de ações para recolher assinaturas de senadores e deputados. Ele acredita que as novas informações reveladas fundamentarão o pedido, reforçando que é um dever do Senado atuar nesse sentido após “tantas violações a direitos humanos”.
Reações à revelação sobre a atuação de Moraes
Após a divulgação do caso, diversos parlamentares se manifestaram nas redes. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) destacou a gravidade da situação e a importância de agir, enquanto o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) denunciou um suposto esquema de perseguição de Moraes contra bolsonaristas.
O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) e o bilionário Elon Musk também se posicionaram, defendendo o impeachment do ministro. Por outro lado, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), considerou a matéria como sensacionalista e não condizente com a verdade, afirmando que busca desacreditar o STF.