Anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro está nas mãos do Judiciário
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que caberá ao Poder Judiciário, em especial à Corte, decidir sobre a proposta de anistia aos investigados, acusados, condenados e presos por participarem dos atos golpistas de janeiro de 2022.
Projeto de lei polêmico na CCJ da Câmara
A discussão em torno da anistia ganhou força no Congresso, com a designação de Rodrigo Valadares como relator de um projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que prevê a anistia para aqueles envolvidos na depredação das sedes dos Poderes em Brasília. Valadares e Caroline de Toni, presidente da CCJ, são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Posicionamento do ex-presidente e resistência popular
Bolsonaro levantou a questão da anistia durante um ato em fevereiro, pedindo perdão para os presos relacionados aos atos de janeiro de 2022. No entanto, uma pesquisa revelou que 63% dos entrevistados são contra a anistia, mostrando resistência popular à proposta.
Moraes e a Constituição
Nas palavras de Moraes, a interpretação da Constituição cabe ao Supremo Tribunal Federal, que garantirá a responsabilização dos envolvidos nos atos golpistas. O ministro afirmou o compromisso da instituição em defender a democracia e a Constituição frente a ataques.
Posicionamentos do STF e do presidente Lula
Decisão polêmica sobre a descriminalização da maconha
O fórum jurídico em Lisboa, realizado pelos ministros do STF, foi palco de troca de recados entre a Corte e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão do STF pela descriminalização do porte de maconha também gerou controvérsias, com Lula discordando publicamente da medida.
Reações do presidente e do STF
Barroso defendeu a decisão do STF, reiterando a liberdade de expressão do presidente Lula para discordar. Por sua vez, Lula criticou a atuação do STF em determinadas áreas, provocando uma resposta do presidente do Supremo.
Conflitos sociais refletindo no Judiciário
O ministro Flávio Dino ressaltou que o STF é instado a decidir sobre temas polêmicos devido à conflagração social, destacando a necessidade de a Corte se pronunciar diante das questões que emergem da sociedade. A fala de Dino foi apoiada por outros integrantes do Supremo, como Dias Toffoli, que alertou para a sobrecarga do Judiciário diante da falência de outros órgãos decisórios.