Prevenção de Afogamentos: Supervisão e Segurança são essenciais para crianças e adolescentes
O presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Luci Pfeiffer, destaca a importância da supervisão próxima de adultos na prevenção de afogamentos de crianças. Segundo dados da SBP, em média três crianças e adolescentes perdem a vida diariamente por afogamento no Brasil, tornando-se importante reforçar a conscientização sobre esse problema em função do Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, celebrado em 25 de março.
Levantamento de óbitos
Analisando registros de óbitos entre 2021 e 2022, a SBP identificou mais de 2,5 mil vítimas de afogamento nesse período. Um grupo especialmente suscetível são as crianças de um a quatro anos, que representam o maior número de mortes por afogamento, seguido por adolescentes de 15 a 19 anos. A falta de cuidado e supervisão, tanto dos pais quanto dos próprios filhos, é apontada como fator determinante nessas tragédias, de acordo com a pediatra Luci Pfeiffer.
Medidas de Segurança
Para prevenir afogamentos, a utilização de coletes salva-vidas certificados pelo Inmetro e pela Marinha é recomendada como a única proteção comprovada internacionalmente. Outras práticas perigosas, como o uso de boias de braço e brinquedos flutuantes, devem ser evitadas. Além disso, a proximidade e supervisão constante de adultos são essenciais, principalmente em ambientes aquáticos.
Registros e Recomendações
Estados como São Paulo, Bahia, Pará, Minas Gerais, Amazonas e Paraná apresentaram maior incidência de óbitos por afogamento, sendo o sexo masculino o mais afetado. A importância de medidas preventivas, como a proibição da livre entrada de crianças em ambientes perigosos e a instalação de barreiras físicas, como portões, para proteção em locais com água, é ressaltada pela especialista. A supervisão direta e constante é crucial para evitar acidentes e garantir a segurança de crianças e adolescentes.