O Ministério da Educação promove seminário para discutir políticas de cotas raciais em universidades
O Ministério da Educação (MEC) está empenhado em conhecer as experiências adotadas pelas universidades brasileiras para verificar a adequação dos candidatos às políticas de cotas raciais. Com esse objetivo, será realizado nos dias 7 e 8 de agosto, em Brasília, um seminário com o intuito de promover diálogos e identificar mecanismos eficazes para as “ações afirmativas na modalidade de reserva de vagas”.
Objetivos do evento e expectativas
O secretário substituto da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), Cleber Santos Vieira, destaca que o seminário visa não apenas conhecer as práticas em vigor nas instituições federais de ensino superior, mas também discutir a possibilidade de padronizar a forma de atuação das comissões de heteroidentificação.
No primeiro momento do evento, serão apresentados estudos que analisaram o funcionamento das comissões nas universidades, além das expectativas da comunidade acadêmica, formada por pró-reitores de graduação e de ensino.
Vieira enfatiza que o foco do seminário é reconhecer e valorizar o trabalho realizado pelas instituições ao longo dos anos, ouvindo suas experiências e debatendo os métodos já utilizados. Essas informações serão essenciais para a elaboração de orientações e diretrizes para o trabalho das bancas de heteroidentificação.
Respeito à autonomia das instituições de ensino
O secretário assegura que todas as ações serão realizadas com o devido respeito à autonomia das instituições de ensino que já implementam mecanismos para garantir a eficácia da política de cotas raciais. Ele ressalta a importância de respeitar a diversidade de procedimentos adotados pelas universidades.
“Hoje, a operacionalização das bancas e comissões são diversas. Pretende-se alcançar padrões, sempre respeitando a autonomia das instituições federais de educação. O seminário é uma iniciativa do MEC para valorizar e respeitar esse histórico”, reiterou Vieira.
