Lula sugere governança global para inteligência artificial
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, durante a Cúpula do G7, a criação de uma governança global e representativa para lidar com o tema da inteligência artificial. Lula alegou que as atuais instituições de governança estão inoperantes diante da realidade geopolítica atual e perpetuam privilégios.
Evento e discurso do presidente
O evento teve início na quinta-feira (13) e vai até amanhã (15) em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália. Lula participou da sessão de engajamento externo, que contou com discursos de diversos líderes, incluindo a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o papa Francisco. Lula defendeu a criação de políticas públicas inclusivas que utilizem a inteligência artificial para contribuir com o meio ambiente e a transição energética.
Posicionamento de Lula
O presidente destacou a importância de que qualquer uso da inteligência artificial respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação. Ele ressaltou a necessidade de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, na qual todos os Estados tenham participação ativa.
“Uma inteligência artificial que fortaleça a diversidade cultural e linguística dos países em desenvolvimento e que seja uma ferramenta para a paz, não para a guerra”, afirmou Lula em seu discurso.
Participação do Brasil e perspectivas futuras
Essa foi a oitava participação de Lula na Cúpula do G7, sendo a primeira desde 2009. O presidente brasileiro ressaltou a importância da cooperação com países africanos e do Mar Mediterrâneo para enfrentar os desafios globais. Lula enfatizou a necessidade de não desperdiçar o potencial dos países africanos e de promover o desenvolvimento sustentável nessas regiões.
Mudanças necessárias
O ex-presidente também ressaltou a importância dos países em desenvolvimento agregarem valor aos seus recursos naturais para evitar a dependência externa e promover o desenvolvimento socioeconômico. Lula destacou que o Estado deve desempenhar um papel fundamental no planejamento do desenvolvimento.
Participantes e previsões
Além dos membros do G7, Brasil e Santa Sé, diversos países e organizações internacionais foram convidados para a cúpula, incluindo África do Sul, Arábia Saudita, Índia, e diversos organismos internacionais como ONU, FMI e Banco Mundial. Lula terá encontros bilaterais com líderes presentes no evento e a previsão é que ele retorne ao Brasil no domingo (16).