Pastor é acusado de campanha antecipada em São Paulo
Uma ação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) aponta indícios de campanha antecipada do pré-candidato a vereador de São Paulo, pastor Diego Reis (Republicanos). A denúncia inclui a suposta exigência da organização não governamental (ONG) que leva o nome do político para apresentação de documento com foto, CPF e título de eleitor dos possíveis beneficiários. A Promotoria também solicitou abertura de investigação para apurar possível abuso de poder político, o que poderia resultar na inelegibilidade dos envolvidos por até oito anos.
Defesa e investigações em andamento
O Estadão entrou em contato com o número fornecido pelas redes sociais do pastor Diego Reis. Uma pessoa, que optou por não se identificar, afirmou que o pastor aguarda notificação da Justiça e que as cestas básicas não foram distribuídas por ele, mas sim pela ONG. Segundo a Prefeitura de São Paulo, um processo administrativo foi aberto em 28 de junho para investigar os fatos relatados.
Documentação para receber as doações
O promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior, da 2ª Zona Eleitoral da capital paulista, destacou em documento protocolado na Justiça Eleitoral que seria exigida a apresentação de CPF e título de eleitor para a retirada das cestas básicas. Uma página no Facebook também afirmou a necessidade dos documentos e adiar a entrega das doações até o final de um culto evangélico em nome do Instituto Diego Reis, sendo posteriormente editada. A publicação gerou mais de 200 comentários, incluindo críticas à exigência dos documentos para receber ajuda alimentar.
Denúncias de propaganda eleitoral antecipada
Segundo o MP, as entregas das cestas básicas ocorreram no final de junho em uma região da zona sul de São Paulo. O promotor Pereira Junior afirmou que no dia 20 de junho de 2024, na região do Jardim Iporanga, o pastor Diego Reis teria promovido propaganda eleitoral antecipada em benefício próprio, ao distribuir cestas básicas pertencentes à Prefeitura de São Paulo em nome do instituto que leva seu nome. O juiz eleitoral da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo deu prazo de 48 horas para que o pastor se manifestasse sobre as acusações.