Silvina das Graças Pereira da Silva: Uma Vida de Conquistas no Esporte
Nascida em Vassouras (RJ), Silvina das Graças Pereira da Silva é uma ex-atleta que representou o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 1971, na cidade de Cali, conquistando a medalha de prata em salto em distância. Essa vitória histórica foi um marco para o atletismo brasileiro, juntamente com a medalha de prata de Nelson Prudêncio no salto triplo. O destaque de Silvina no esporte continua marcado em sua trajetória, que inclui participações em competições internacionais de alto nível.
Homenagem e Reconhecimento
No dia 3 de agosto, Silvina será uma das homenageadas pelo projeto Ecos da Mangueira: Grafitando tradições femininas. Este projeto celebra personalidades do bairro da Mangueira, onde a atleta levou não apenas suas conquistas esportivas, mas também fundou uma organização responsável pela administração da Biblioteca Pública da comunidade. Ao lado de Alice de Jesus Gomes Coelho, Jacintha de Oliveira Ferreira e Dolores de Souza Lemos, Silvina terá sua história imortalizada em um grafite que retrata a importância feminina na comunidade da zona norte do Rio de Janeiro.
Legado de Vitórias e Engajamento Social
Além da conquista no Pan de 1971, Silvina também participou dos Jogos Pan-Americanos de 1975, onde trouxe para a Mangueira a medalha de bronze nos 200 metros rasos e um novo recorde sul-americano. Sua trajetória seguiu com a participação nos Jogos Olímpicos de 1976 em Montreal, no Canadá. O impacto de Silvina no esporte se estende para além das pistas, refletindo em projetos sociais e de incentivo à comunidade da Mangueira.
Reconhecimento e Valorização
A homenagem à Silvina na Estação Mangueira/Jamelão é fruto de uma parceria entre a ONG Associação de Meninas e Mulheres do Morro, a concessionária SuperVia e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec). Celebrada ainda em vida, a ex-atleta destaca a importância de reconhecer o trabalho das pessoas enquanto estão presentes, valorizando suas contribuições para a sociedade. O legado de mulheres como Silvina, Alice, Jacintha e Dolores é essencial para transformar as comunidades e inspirar novas gerações.
Representatividade e Arte Urbana
O impacto do grafite na Estação Mangueira/Jamelão vai além da homenagem às mulheres da comunidade. A arte urbana tem o poder de aproximar pessoas de diferentes idades e backgrounds, promovendo a representatividade feminina e negra. Com a democratização da arte, o mural se torna um símbolo de valorização e reconhecimento das histórias e trajetórias das mulheres que fizeram a diferença na Mangueira.