Enchentes no Rio Grande do Sul paralisam 63% das indústrias, aponta pesquisa da Fiergs
Os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul foram significativos para a indústria do estado, com paralisação parcial ou total em 63% das empresas, revelou pesquisa da Federação das Indústrias do estado (Fiergs). O levantamento apontou que 93% das interrupções duraram até 30 dias.
Prejuízos causados pelas enchentes
No total, 81% das indústrias gaúchas foram afetadas pelas inundações do mês anterior. Entre os principais prejuízos citados estão problemas na logística de escoamento da produção e recebimento de insumos, dificuldades com pessoal e colaboradores, além de impactos em fornecedores atingidos pelas enchentes. Os danos também incluíram perdas em estoques de matérias-primas, máquinas, equipamentos, estabelecimentos físicos e produtos finais.
Efeitos na economia gaúcha e expectativas futuras
A Fiergs alertou que os efeitos das enchentes sobre a economia gaúcha serão percebidos nos próximos meses, com uma recuperação que se espera ser lenta. O desabamento das expectativas dos industriais do estado é um dos primeiros sinais visíveis dessa situação.
Metodologia da pesquisa e participação das empresas
O levantamento realizado com 220 empresas entre 23 de maio e 10 de junho teve como objetivo entender o perfil das indústrias mais afetadas, avaliar a extensão e os tipos de prejuízos sofridos, além de captar as perspectivas para o futuro. A pesquisa foi coordenada pela Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, com o apoio de diversas entidades e sindicatos.
Localização e seguros
Apesar dos prejuízos, 64,2% das empresas consultadas afirmaram que não pretendem mudar sua sede e permanecerão na mesma região de instalação. Já em relação aos seguros, a pesquisa mostrou que 52% das indústrias não tinham cobertura contra perdas e danos decorrentes das enchentes. Entre as empresas sem seguro, grande parte optou por fechar ou mudar de local, comparado com as seguradas.
Ações de recuperação e apoio governamental
Para recuperar os negócios, 60% das empresas afetadas planejam destinar recursos nos próximos meses. Enquanto as grandes empresas destacam a necessidade de melhorias na infraestrutura e medidas preventivas contra alagamentos, as pequenas e médias empresas solicitam subsídios financeiros e anistia de tributos. O ministro Paulo Pimenta destacou o sucesso da linha de crédito Pronampe Solidário como apoio às micro e pequenas empresas.