O Brasil fecha acordo com a China que pode aumentar exportação de café em US$ 500 milhões
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, assinou nesta quarta-feira (5) um acordo com a China que tem potencial para aumentar significativamente a exportação nacional de café. A assinatura ocorreu durante a visita de Alckmin ao país asiático, onde foram estabelecidos memorandos de entendimento para a promoção do café brasileiro na maior rede de cafeterias da China, a Luckin Coffee. A rede conta com mais de 16 mil lojas e é a principal importadora do café brasileiro no mercado chinês.
Acordo com Luckin Coffee prevê compra de 120 mil toneladas de café
O acordo assinado prevê a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela Luckin Coffee, totalizando cerca de US$ 500 milhões em negociações. Em todo o ano de 2023, as exportações brasileiras de café totalizaram US$ 280 milhões. O vice-presidente destacou que, apenas com este contrato com a Luckin Coffee, as expectativas são de meio bilhão de dólares em exportações, demonstrando a abertura de novos mercados para o Brasil, o maior produtor e exportador de café do mundo.
Alckmin afirmou: “Em 2022, o Brasil exportou US$ 80 milhões em café e, no ano passado, foram US$ 280 milhões, praticamente quatro vezes mais que no ano anterior. Agora, só neste contrato com a Luckin Coffee, estamos falando de meio milhão de dólares, o que demonstra que o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, está abrindo mercados”.
Outros acordos firmados durante a visita oficial à China
Além do acordo com a Luckin Coffee, o Brasil firmou com a China a criação de um hub para fomento de comércio e investimentos no distrito de Yangpu, em Xangai, sede de empresas de tecnologia como o TikTok. No total, foram assinados 12 memorandos para a promoção brasileira no país asiático, com iniciativas intermediadas pela Agência Brasileira de Promoção à Exportação (ApexBrasil).
Parceria com a Fiocruz na área de saúde
A farmacêutica chinesa Sinovac, conhecida pela desenvolvimento da vacina Coronavac, anunciou durante a visita oficial de Alckmin ao país asiático que irá investir US$ 100 milhões no Brasil. O investimento visa o desenvolvimento de terapia celular e a produção local de vacinas e anticorpos monoclonais, medicamentos feitos com tecnologia genética que combatem doenças infecciosas.
Além disso, a Sinovac firmou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o objetivo de cooperar na pesquisa e desenvolvimento de vacinas para o combate a crises sanitárias. Alckmin ressaltou sua confiança na ciência ao mencionar que ele próprio tomou a Coronavac, destacando a importância da colaboração internacional na área da saúde.