Bolsonaro é indiciado por crimes após receber repasse de dinheiro de venda ilegal de joias em NY
Viagem à Nova York e discurso na ONU
Em setembro de 2022, durante uma viagem à Nova York, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu um repasse de dinheiro proveniente da venda ilegal de joias, de acordo com um relatório da Polícia Federal (PF). No mesmo dia, Bolsonaro discursou para a Assembleia Geral da ONU, alegando que seu governo havia “extirpado a corrupção sistêmica” do Brasil.
Repasse negado pela defesa e erro apontado pela PF
A defesa do ex-presidente negou o repasse mencionado no relatório da PF e afirmou que aguarda correções, uma vez que os investigadores identificaram um “erro material” na definição do valor das joias desviadas. Bolsonaro também atacou o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula em seu discurso na ONU.
Estimativa de perdas na Petrobras e envolvimento de Lourena Cid
Enquanto declarava o combate à corrupção em seu governo, Bolsonaro citou perdas estimadas pela PF na Petrobras durante as gestões anteriores. Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, também foi indiciado pela PF por participação no esquema de venda ilegal de joias.
Indiciamento e possíveis penas
Bolsonaro foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, podendo enfrentar uma pena de 10 a 32 anos de prisão, conforme a legislação vigente. Além dele, outras nove pessoas, incluindo ex-ministros como Fabio Wajngarten e Bento Albuquerque, foram indiciadas. Wajngarten argumentou que seu indiciamento é abusivo.
Próximos passos e posicionamento do STF
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, deu um prazo para a PGR se pronunciar sobre a possibilidade de oferecer denúncias contra os investigados. O MPF decidirá se apresenta acusações formais, podendo levar à abertura de um processo penal. O Ministério Público ainda pode solicitar mais investigações ou arquivar o caso.