Ministro da Agricultura destaca importância do autoembargo após caso de doença de Newcastle

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou a relevância da decisão do governo brasileiro em adotar o autoembargo após a confirmação de um caso da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. Em declaração feita na capital paulista, Fávaro destacou que essa medida foi fundamental para proporcionar segurança ao mercado externo e evitar riscos maiores.

Restrições de exportação de produtos avícolas

Após a identificação do caso da doença de Newcastle em uma granja no município de Anta Gorda (RS), o Ministério da Agricultura suspendeu preventivamente a exportação de produtos avícolas para 44 países. As restrições foram definidas com base em diferentes raios, que variam de dez quilômetros da área afetada até abranger todo o território brasileiro, dependendo do mercado de destino.

O ministro enfatizou que essa estratégia de embargo foi mais eficaz do que restringir áreas menores e ir ampliando gradualmente, evitando a interpretação de um possível aumento de casos da doença. Fávaro destacou que o protocolo de controle foi seguido à risca na granja afetada, com transparência no processo de eliminação dos animais contaminados, o que permitirá a retomada das exportações de forma mais rápida.

Anistia de dívidas para produtores prejudicados por enchentes

Além disso, durante um evento na Fiesp, o ministro confirmou a possibilidade de anistia de dívidas para produtores do Rio Grande do Sul afetados por chuvas e enchentes. Uma medida provisória nesse sentido está em processo de elaboração e poderá ser publicada até o dia 30 de julho. A anistia seria direcionada a produtores que sofreram danos em suas propriedades e não teriam condições de honrar seus compromissos financeiros.

Atraso no lançamento do Programa Safra

Fávaro também abordou o tema do atraso no lançamento do Programa Safra e pediu paciência ao setor agropecuário. Ele explicou que o programa já estava estruturado desde o dia 26 de junho, porém o anúncio tardou devido a compromissos na agenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro ressaltou a importância do setor agropecuário para o Brasil e destacou que a intolerância diante de atrasos pontuais está se tornando algo desgastante. Ele enfatizou que a oposição é legítima, mas a falta de tolerância está se tornando cansativa e perdendo o sentido em um ambiente democrático.