O Brasil e a taxa de juros
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira (5) a incoerência da maior taxa de juro real do mundo em um país com fundamentos sólidos. Segundo ele, tal situação não tem justificativa, principalmente diante de indicadores como reservas cambiais de US$ 370 bilhões, segurança jurídica, enorme mercado consumidor e recorde de exportações.
Alckmin ressaltou a importância do ajuste fiscal e reforçou o compromisso do governo em cumprir o arcabouço fiscal. Ele apontou que a expectativa é de uma redução das taxas de juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil ainda neste semestre, o que seria positivo para o crescimento econômico nacional no futuro.
Decisão do COPOM
No mês passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) manteve a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano. Essa decisão foi tomada de forma unânime pelos membros do comitê, mesmo com a pressão por uma possível redução dos juros no país.
Destaque para a indústria do aço
Em seu discurso, Alckmin enfatizou a importância da indústria do aço, chamando-a de “a indústria das indústrias”. Ele destacou que a Nova Indústria Brasil, política implementada durante o governo Lula, representa um avanço significativo para o desenvolvimento econômico e social do país.
Além disso, o presidente em exercício anunciou a disponibilidade no mercado das Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que terão como objetivo reduzir o custo do crédito para as indústrias. Essas letras serão similares às existentes para o setor imobiliário e agrícola, onde pessoas físicas são isentas de pagar imposto de renda ao investir.
Investimentos no setor do aço
Alckmin revelou que o Brasil receberá investimentos de R$ 100 bilhões até 2028 no âmbito do Programa Mover, voltado para a descarbonização da indústria. Ele também destacou que o país emite apenas 55% de gás carbônico em comparação com outras nações, graças ao potencial energético existente.
De acordo com o Instituto Aço Brasil, a produção brasileira de aço bruto teve um crescimento de 2,4% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já em 2023, houve uma queda de 6,5% na produção em relação a 2022, totalizando 31,9 milhões de toneladas.