Dieta saudável no Brasil fica 32% mais cara entre 2017 e 2022
De acordo com o Relatório sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial divulgado pela FAO, manter uma dieta saudável no Brasil ficou 32% mais caro entre 2017 e 2022. Mesmo com a alta global dos preços dos alimentos pós-pandemia da covid-19, os brasileiros enfrentaram um aumento significativo nos custos de uma alimentação adequada ao longo dos últimos cinco anos.
Acesso à dieta saudável
Embora os custos tenham aumentado, o relatório também apontou uma diminuição no número de brasileiros sem condições de pagar por alimentos que atendam às diretrizes nutricionais mínimas. Em 2017, essa parcela da população era de 57,2 milhões, o que representava 27,4% do país. Em 2022, esse número havia diminuído para 54,4 milhões, ou 25,3%.
Impacto da pandemia
No entanto, o relatório ressalta que o cenário poderia ser mais positivo não fosse pela interferência da pandemia de covid-19. Antes da crise sanitária, o Brasil estava conseguindo avançar na redução do número de pessoas em situação de insegurança alimentar. Em 2020, o país atingiu seu melhor resultado, com apenas 42,1 milhões de pessoas incapazes de pagar por uma dieta saudável.
Recomendações para uma alimentação saudável
Para garantir uma alimentação equilibrada e saudável, o Ministério da Saúde recomenda práticas que valorizem a significação social e cultural dos alimentos, estimulando o consumo de produtos locais como frutas, legumes e verduras. Além disso, é aconselhável fazer ao menos três refeições diárias e consumir porções adequadas de cereais, legumes, verduras, frutas, leite e derivados, carnes, aves, peixes ou ovos.
Outras recomendações incluem evitar alimentos ultraprocessados, reduzir o consumo de sal, ingerir pelo menos dois litros de água por dia e preferir ingredientes integrais e naturais. Mais detalhes podem ser encontrados na página da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.