Operação Ordo e seus Efeitos na Segurança do RJ
Ação Estruturada Ordo na Zona Oeste do RJ
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil comentaram os efeitos da Ação Estruturada batizada de Ordo, que significa ordem. Embora vejam pontos positivos, demonstraram desconfiança nos impactos que possam ocorrer quando esse trabalho terminar. O temor é a retomada do cenário que provocou as incursões, inicialmente, em 10 comunidades identificadas como áreas de conflitos armados entre traficantes e milicianos nos bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá e as Vargens Pequena e Grande, na zona oeste da capital.
Objetivos e Balanços da Operação
Deflagrada na segunda-feira pelo governo do Rio de Janeiro, a Ordo foi ampliada na quarta-feira para mais quatro localidades. Sem prazo para terminar, desde o começo tem registrado diariamente aumentos de prisões e apreensões de armas e drogas. Um dos objetivos é asfixiar financeiramente as organizações criminosas que dominam esses territórios. No balanço da Ordo, até o momento, foram realizadas 90 prisões, além da apreensão de diversas armas, explosivos e drogas na região.
Integração e Desafios Enfrentados
Com uma atuação integrada de várias instituições, a Ação buscava restabelecer os atendimentos de concessionárias no fornecimento de água, gás e energia, que eram impedidos de operar nessas áreas controladas pela criminalidade. No entanto, há desafios devido às possíveis tentativas de retomada dos criminosos após a saída das forças de segurança, gerando uma situação de cabo de guerra. A demolição de imóveis construídos irregularmente também gerou polêmica e confrontos em algumas comunidades.
Críticas e Perspectivas Futuras
Especialistas apontam a falta de planejamento a longo prazo da Ordo e questionam sua eficácia no combate à criminalidade. A sustentabilidade dessas ações, bem como a necessidade de desmantelamento das redes que sustentam as organizações criminosas, são temas de debate. Além disso, a integração de políticas que vão além do aspecto policial é essencial para uma segurança pública eficaz no estado do Rio de Janeiro.
Tecnologia e Críticas
O uso de tecnologias como reconhecimento facial levanta críticas devido a falhas de identificação, especialmente em relação a uma possível discriminação racial. A busca pelo caminho do dinheiro movimentado pelas milícias é apontada como essencial no combate efetivo a esses grupos criminosos. A falta de um planejamento estruturado e integrado pode comprometer o sucesso da Ação Estruturada Ordo, indicando a necessidade de medidas abrangentes e de longo prazo na segurança pública.
Detalhes Técnicos da Operação
A Ação Ordo emprega diariamente 2 mil militares, civis e agentes do programa Segurança Presente, munidos de um forte aparato tecnológico que inclui drones com reconhecimento facial e leitura de placas, viaturas, helicópteros e um Centro Integrado de Comando e Controle Móvel.