Ex-policial penal acusado de assassinar guarda municipal e tesoureiro do PT poderá cumprir prisão domiciliar
O ex-policial penal acusado de ter matado o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, poderá cumprir sua prisão preventiva em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada após a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná conceder o habeas corpus solicitado pela defesa de Jorge José da Rocha Guaranho. A justificativa apresentada foi a necessidade de o acusado realizar tratamentos de saúde.
Decisão do TJ e situação do réu
O Tribunal de Justiça entendeu que os argumentos da defesa eram válidos e que, desde que cumpridas as medidas restritivas, Guaranho pode aguardar o julgamento em prisão domiciliar. O ex-policial já estava detido no Complexo Médico Penal, em Curitiba, mas precisou passar por uma cirurgia após sofrer uma queda no presídio. O julgamento de Guaranho foi remarcado para fevereiro de 2025, devido às questões de saúde do acusado.
Detalhes do caso
Durante a festa em que Marcelo Arruda foi assassinado, Jorge José da Rocha Guaranho também ficou ferido, chegando a ficar em estado grave. Em 2022, ele obteve autorização para cumprir prisão domiciliar a fim de se recuperar dos ferimentos após sair de um coma. Contudo, o pedido foi negado duas vezes antes de ser aceito. Após receber alta médica, Guaranho retornou à prisão.
Circunstâncias do crime
O crime ocorreu durante a festa de 50 anos de Marcelo Arruda, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT), em 2022. Guaranho, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, invadiu o evento e atirou em Arruda, resultando em sua morte. O acusado saiu ferido do confronto, após ameaçar os demais convidados e iniciar um tiroteio com Arruda no estacionamento do local da festa.
Posicionamento das partes envolvidas
O Ministério Público, responsável pela denúncia contra Guaranho, não se manifestou sobre a decisão de conceder a prisão domiciliar ao acusado. A reportagem buscou contato com a defesa de Guaranho e com os representantes da família de Marcelo Arruda, porém não obteve retorno até o momento.