Polêmica envolvendo o celular do ex-chefe do setor de combate à desinformação do TSE
Versão contestada por policiais civis
Policiais civis ouvidos pela reportagem rechaçaram a versão do cunhado do perito Eduardo Tagliaferro, afirmando que um delegado teria ordenado a entrega do celular para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Segundo os investigadores, o vazamento de mensagens do celular de Tagliaferro não teria ocorrido na Polícia de São Paulo, classificando a versão como uma “grande mentira”.
Contradições e alegações
Os policiais afirmam que o celular apreendido era pessoal e não institucional, destacando que foi devolvido com o sigilo de conteúdo preservado. Celso Luiz de Oliveira, cunhado do perito, alegou que a entrega do aparelho foi feita de forma “espontânea”, enquanto outros afirmam que policiais civis foram até a casa de Tagliaferro exigir o telefone.
Imbróglio e desdobramentos
O caso teve início em maio do ano passado, quando Tagliaferro foi preso em flagrante. Posteriormente, o perito foi exonerado de seu cargo no TSE após o incidente. Tagliaferro justificou a entrega do celular ao cunhado como uma forma de preservar dados pessoais e bancários, mas depois decidiu reaver o aparelho, alegando problemas técnicos.
Conclusões e controvérsias
Os policiais enfatizam que não houve qualquer ligação do gabinete do ministro Moraes para a entrega do celular. Também destacam que o aparelho foi devolvido nas mesmas condições em que foi deixado na Seccional e que ninguém da delegacia teve acesso ao conteúdo do celular. Por fim, ressaltam que Tagliaferro poderia ter resolvido problemas técnicos no aparelho sem a necessidade de consultas externas.