Lula recebe apoio do Canadá em defesa da democracia venezuelana
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um telefonema do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, nesta terça-feira (13). Na ligação, Trudeau demonstrou apoio à iniciativa do Brasil em defesa da democracia e da transparência do processo eleitoral da Venezuela, cujos resultados que reelegeram Nicolás Maduro para um novo mandato são contestados pela oposição e por diversos países.
Diálogo entre líderes
Segundo o Palácio do Planalto, Lula comentou que “há um histórico de erros da comunidade internacional com relação àquele país, citando especificamente a imposição de sanções e o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente”. Em 2019, Guaidó se autodeclarou presidente do país, com apoio de parte da comunidade internacional, mas sem efetivar a mudança no governo Venezuelano.
Esforços de coordenação
Na conversa com Trudeau, o presidente brasileiro destacou os esforços de coordenação do Brasil, da Colômbia e do México pela normalização da situação política na Venezuela. Lula ressaltou a importância do diálogo entre o governo Maduro e a oposição, buscando manter a América do Sul livre de conflitos, com prosperidade e harmonia.
Os três países têm atuado conjuntamente pedindo a divulgação pública dos resultados de cada uma das 30 mil mesas de votação da eleição presidencial na Venezuela, além de solicitar que as autoridades ajam com cautela em relação às manifestações que estão ocorrendo desde o fim da eleição.
Posicionamento de Trudeau
Em suas redes sociais, Trudeau defendeu a necessidade de verificação dos resultados eleitorais na Venezuela. “A posição do Canadá é clara: os resultados eleitorais devem ser legitimados através de uma verificação credível e devem refletir a vontade do povo da Venezuela”, afirmou o primeiro-ministro.
Convite para reunião na ONU
Lula convidou Trudeau para uma reunião de governos democráticos contra o extremismo, a ser realizada à margem da Assembleia Geral da ONU, em setembro, em Nova York. A iniciativa é do presidente brasileiro em conjunto com o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.