Câmara dos Deputados aprova mudanças na reforma do ensino médio
Novas alterações são enviadas à sanção presidencial
A Câmara dos Deputados aprovou no dia 9 de junho novas mudanças na reforma do ensino médio, que após ter sido analisada pelo Senado, agora seguirá para a sanção presidencial. O substitutivo do deputado Mendonça Filho (União-PE) manteve o aumento da carga horária da formação geral básica, passando de 1,8 mil para 2,4 mil horas ao longo dos três anos do ensino médio para alunos que não optarem pelo ensino técnico. A carga horária total do ensino médio permanece em 3 mil horas ao longo do período.
Itinerários formativos e escolha de áreas
Para completar a carga horária nos três anos, os alunos terão que escolher uma área específica para aprofundar os estudos, somando mais 600 horas. As opções de itinerários formativos disponíveis incluem: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias ou ciências humanas e sociais aplicadas.
Discussões sobre a reforma
A proposta sofreu alterações no Senado Federal, porém, durante a análise na Câmara dos Deputados, as mudanças foram derrubadas. Uma das principais modificações foi a retirada do trecho que determinava que no mínimo 70% da grade curricular fosse composta por disciplinas básicas, permitindo que os itinerários formativos englobem mais do que os 30% inicialmente propostos.
Controvérsia sobre o espanhol como idioma obrigatório
Outro ponto de controvérsia foi a inclusão do espanhol como idioma obrigatório, sendo contestado pelo deputado Mendonça Filho devido à possibilidade de gerar despesas contínuas para os estados. Por outro lado, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) apresentou um recurso para manter a obrigatoriedade, argumentando que o espanhol não seria uma imposição, mas sim uma opção em relação ao inglês. Ele destacou que, apesar da escolha não ser obrigatória, 70% dos estudantes que realizam o Enem optam por realizar a prova de espanhol.