Servidores federais ambientais decidem entrar em greve em 17 estados e no Distrito Federal
Após seis meses de negociações sem avanços com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), os servidores federais ambientais representados pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional) decidiram pela greve em 17 estados e no Distrito Federal. Os funcionários públicos estão vinculados ao Ibama, ICMBio, MMA e Serviço Florestal Brasileiro.
Assembleias e datas de início da greve
As assembleias que aprovaram a paralisação por tempo indeterminado, a partir do dia 24 de junho, ocorreram em nove estados, enquanto em outros oito a greve está prevista para começar no dia 1º de julho. O Ceará foi o único estado que rejeitou a paralisação em assembleia, e os demais realizarão assembleias nos próximos dias para decidir sobre a mobilização.
Reivindicações e impactos da greve
Os servidores da área ambiental já estavam com atividades suspensas desde janeiro, e a greve nacional deve estender a paralisação para todas as áreas, incluindo os serviços administrativos. A categoria busca uma reestruturação de carreira, diminuição do fosso entre cargos, gratificação de atividade de risco e outras reivindicações.
A paralisação dos servidores do Ibama desde o início do ano reduziu significativamente as operações de fiscalização, impactando a proteção da Amazônia, a importação de veículos, o licenciamento ambiental do PAC e o combate aos incêndios florestais. A greve afeta as metas ambientais e compromissos internacionais do país.
O Ministério da Gestão aguarda resposta formal à última proposta de reajuste salarial feita pelo governo aos servidores ambientais, que prevê aumentos de 19% a 30%. A categoria rejeitou a proposta de abril e aguarda novas negociações.