Venezuela à beira de um “banho de sangue” após eleição contestada
Situação crítica após vitória questionada de Nicolás Maduro
A vitória contestada de Nicolás Maduro nas urnas deixou a Venezuela mais perto de um “banho de sangue” – exatamente como previu o ditador, se ele perdesse a eleição. Em dois dias de protestos contra os resultados da votação, 16 pessoas morreram, mais de 100 ficaram feridas e 750 foram presas.
Contagem das mortes e prisões
De acordo com Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano, das 16 mortes, pelo menos cinco foram registradas em Caracas, incluindo dois menores de idade. O procurador-geral da Venezuela, o chavista Tarek William Saab, afirmou que os manifestantes presos poderão responder por “atos de terrorismo e instigação do ódio”.
Culpa à oposição e repressão por parte do governo
A ditadura foi rápida em culpar a oposição pelo “banho de sangue”. Maduro responsabilizou membros da oposição e a justiça foi ameaçada. A repressão aumentou, com a prisão de opositores e ameaças contra outros dissidentes.
Crise diplomática e reação internacional
Com o agravamento da situação, a Venezuela foi isolada no continente, expulsando corpos diplomáticos de sete países. Além disso, a OEA convocou uma reunião de emergência e países como Brasil, EUA e Colômbia aguardam posicionamento do Centro Carter para tomar decisões sobre a legitimidade da eleição.
Centro Carter cancela divulgação de relatório
O Centro Carter, responsável pela observação das eleições, cancelou a divulgação de um relatório e retirou a equipe da Venezuela. A exigência dos detalhes dos resultados da votação foi feita, destacando a importância da transparência do processo eleitoral.
Apoio interno e repressão do Exército
Apesar do apoio internacional enfraquecer, Maduro conta com o respaldo do Exército dentro do país. O ministro da Defesa expressou lealdade ao presidente e defendeu a repressão aos protestos. Maduro foi considerado legitimamente reeleito e autorizado a utilizar a força para conter os distúrbios populares.