Partido de extrema direita da França lidera pesquisas para eleições legislativas
O presidente do partido de extrema direita da França Reunião Nacional (RN), Jordan Bardella, afirmou nesta segunda-feira, 24, que está pronto para governar “para todos os franceses” se sair vitorioso nas eleições legislativas de domingo, 30. A legenda lidera as pesquisas com 35,5% das intenções de voto, segundo sondagem do Instituto Ipsos, em parceria com o jornal Le Parisien e a Radio France.
Candidato em ascensão da extrema direita apresenta programa de governo focado em segurança
Bardella, um eurodeputado de 28 anos, é um nome em ascensão da extrema direita e seu candidato a primeiro-ministro. Ele apresentou seu programa de governo ontem e reiterou as principais linhas do seu movimento, liderado por Marine Le Pen, focadas em segurança e controle da imigração. Ele também prometeu um “big-bang de autoridade” nas escolas, ao propor o uso de uniformes, a obrigação de se referir aos professores como “senhor” e proibir celulares nos centros de ensino.
Críticas ao governo atual e oposição à coalizão de esquerda
“Sete anos de ‘macronismo’ enfraqueceram o país”, disse Bardella, que reiterou os planos para expulsar estrangeiros condenados por crimes e cortar gastos ligados à imigração. Para tentar atrair os eleitores de direita descontentes com o presidente Emmanuel Macron, o candidato atacou os resultados econômicos do governo atual, com dívida e déficit públicos superiores aos limites europeus. Também criticou o programa de governo apresentado pela coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que para ele provocará o aumento da imigração e uma profunda crise econômica.
Críticas do presidente Macron aos extremos políticos e antecipação das eleições
Macron, por sua vez, afirmou que os programas de governo dos extremos dos dois espectros políticos do país conduziriam o país à “guerra civil”. “A resposta da extrema direita em termos de insegurança remete as pessoas a uma religião ou a uma origem e é assim que se divide e se leva (um país) à guerra civil”, declarou Macron no podcast Génération Do It Yourself. A eleição na França foi antecipada por Macron após o avanço da extrema direita nas eleições ao Parlamento Europeu. A votação será realizada em dois turnos, nos dois próximos domingos.