Maioria do STF vota pela condenação de responsável por destruição de relógio histórico
Julgamento virtual em curso
O Supremo Tribunal Federal (STF) está realizando um julgamento virtual da ação penal contra Antônio Cláudio Alves Ferreira, um dos réus dos ataques de 8 de janeiro. Ele foi preso por participar da invasão ao Palácio do Planalto durante os atos golpistas que ocorreram na data mencionada. Sua ação resultou na destruição de um relógio histórico do século 17, um dos motivos principais para sua condenação à prisão em regime fechado.
Decisão majoritária
Até o momento, a maioria dos ministros do STF votou pela condenação de Antônio Cláudio. O relator, ministro Alexandre de Moraes, bem como os ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, opinaram a favor da condenação. Barroso, por sua vez, divergiu parcialmente, votando contra a condenação em relação a um dos crimes. Os demais votaram favoravelmente, considerando crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, dano do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Pena e indenização
O ministro Moraes sugeriu uma pena de 17 anos de prisão para o réu, porém ainda não há consenso quanto ao tamanho da pena final. Por outro lado, os ministros já se mostraram favoráveis ao pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados por todos os envolvidos que participaram das invasões aos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Relógio histórico danificado
O relógio histórico destruído por Antônio Cláudio era uma peça fabricada pelo renomado relojoeiro francês Balthazar Martinot, presenteado ao imperador Dom João VI e trazido ao Brasil em 1808. O artefato é parte do acervo da Presidência da República e foi enviado à Suíça para restauração após o ato de vandalismo cometido pelo réu.

Confissão e prisão do réu
Durante o processo, Antônio Cláudio confessou ter estado no Palácio do Planalto e danificado o relógio histórico. Após o ocorrido, ele fugiu para Uberlândia, em Minas Gerais, onde acabou sendo preso pela Polícia Federal. O julgamento virtual da sua ação penal continua e o veredicto final está previsto para ser concluído até o final desta sexta-feira.