Ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida é exonerado após acusações de assédio sexual
A demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, nesta sexta-feira, 6, devido a denúncias de supostos casos de assédio sexual, marca a quarta queda no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As exonerações de Almeida e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, foram motivadas por denúncias, enquanto os outros dois ministros foram substituídos para garantir apoio político do Centrão.
Exoneração de Marco Edson Gonçalves Dias e mudanças por pressão política
No ano passado, em abril, o presidente Lula exonerou Gonçalves Dias devido a denúncias veiculadas na imprensa. A queda foi originada por gravações do Palácio do Planalto, durante atos antidemocráticos, que evidenciaram a postura passiva do ex-ministro diante da depredação do patrimônio público. Já as mudanças nos ministérios dos Esportes e do Turismo tiveram como objetivo garantir apoio no Congresso Nacional, com a nomeação de novos ministros.
Denúncia de assédio sexual e reação de Silvio Almeida
Na quinta-feira, a ONG Me Too Brasil divulgou uma nota afirmando que Silvio Almeida foi denunciado por assédio sexual por ex-integrantes do ministério. A entidade declarou ter o consentimento das vítimas para expor o assunto, sendo uma delas a ministra Anielle Franco. Em resposta, Almeida negou veementemente as acusações, enfatizando a necessidade de provas e repudiando os ataques.
Outros membros da Esplanada envolvidos em denúncias
Não apenas Almeida e Gonçalves Dias foram alvos de denúncias. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, envolvido em um suposto esquema de desvio de verbas, foi indiciado pela Polícia Federal. Lula, no entanto, decidiu mantê-lo no cargo. Além disso, outros ministros foram realocados para dar espaço a novas composições políticas.
Conclusão do caso e novas providências
A exoneração de Silvio Almeida visa conter a crise desencadeada pelas denúncias. A Comissão de Ética Pública abriu um processo administrativo para apurar as acusações, e Almeida solicitou esclarecimentos ao Me Too Brasil. A saída do ministro dos Direitos Humanos evidencia a necessidade de transparência e responsabilidade diante de questões sérias como o assédio sexual dentro do governo.