STJ da Venezuela inicia perícia de material eleitoral
O Tribunal Supremo de Justiça (STJ) da Venezuela informou que deu início à perícia de todo o material eleitoral referente à eleição presidencial do dia 28 de julho, entregue à Corte pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelos partidos e candidatos. A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, destacou que após a conclusão desse processo, será proferida uma decisão definitiva sobre o recurso eleitoral contencioso.
Prazo para investigação e possibilidade de prorrogação
A Sala Eleitoral do Tribunal estabeleceu um prazo de 15 dias para a conclusão da investigação sobre a eleição presidencial, previsto para a próxima terça-feira (20). Existe a possibilidade do Tribunal prorrogar esse prazo inicial, caso necessário. A controvérsia em torno do resultado da eleição surgiu após denúncias de fraudes da oposição e de ataques cibernéticos contra o CNE.
Evidências e discordâncias sobre o resultado eleitoral
O resultado da eleição, que garantiu a reeleição de Nicolás Maduro, foi questionado devido à ausência de resultados detalhados por mesa de votação e à suspensão de auditorias posteriores à data da eleição. A oposição alega ter reunido mais de 80% das atas eleitorais, que indicam a vitória do candidato opositor, Edmundo González. No entanto, o governo venezuelano argumenta que as atas da oposição são falsas e iniciou uma investigação penal sobre o caso.
Oposição discorda do processo
Os partidos que apoiam Edmundo González não apresentaram as atas eleitorais ao TSJ, conforme solicitado, e o candidato também não compareceu à audiência convocada. A oposição contesta a atuação do TSJ, alegando usurpação de competências do CNE e falta de acesso ao conteúdo do recurso de Maduro.
Governo defende solução institucional
O presidente Maduro defende que cabe às instituições do país resolver o impasse eleitoral e espera que a decisão do TSJ ponha fim à disputa. Ao entregar as supostas atas eleitorais ao TSJ, o presidente criticou a oposição por não disponibilizar seu material para perícia, alegando que compareceram de “mãos vazias” à solicitação da Corte.