Papa Francisco faz apelo por exploração justa dos recursos naturais em Papua-Nova Guiné
O papa Francisco pediu neste sábado (7) uma exploração justa dos recursos naturais para promover “o bem-estar de todos”, durante sua visita a Papua-Nova Guiné, país pobre da Oceania, mas com grandes reservas minerais.
Riqueza natural e desigualdade social em Papua-Nova Guiné
As vastas reservas de ouro, cobre, níquel, gás natural e madeira do país de 12 milhões de habitantes, que fica ao norte da Austrália, atraíram investimentos de grandes multinacionais. No entanto, essa riqueza não beneficiou necessariamente a população local, onde quase 25% das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza e apenas 10% das residências têm fornecimento de energia elétrica.
Promovendo o desenvolvimento sustentável e equitativo
O pontífice argentino destacou a importância de valorizar os recursos naturais e humanos do país para gerar um desenvolvimento sustentável e equitativo que promova o bem-estar de todos. Em seu discurso, Francisco ressaltou que a exploração dos recursos deve levar em consideração as necessidades das populações locais e garantir uma melhoria efetiva em suas condições de vida.
Desafios e contradições em Papua-Nova Guiné
Apesar do aumento do Produto Interno Bruto per capita ao longo dos anos, estudos apontam que a pobreza pouco mudou no país durante esse período. Os lucros da exploração de recursos muitas vezes não são distribuídos de forma justa, resultando em desigualdades e dificuldades para a população local.
Discursos de paz e enfrentamento da violência tribal
Em meio a atos de violência tribal e distúrbios no país, o papa Francisco fez um apelo pelo fim das agressões tribais e pediu o senso de responsabilidade de todos para interromper a espiral de violência. Papua-Nova Guiné enfrenta desafios relacionados à violência, deslocamento populacional e questões étnicas que demandam atenção e ação.
Próximos passos da visita do Papa Francisco
Após sua passagem por Papua-Nova Guiné, o papa seguirá viagem para o Timor Leste e, posteriormente, para Singapura. Sua presença na região visa promover o diálogo inter-religioso e levar sua mensagem de paz e justiça social às “periferias”, reforçando a importância da solidariedade e do respeito aos direitos humanos.