Venezuela: ONU denuncia detenções arbitrárias e uso de força
O alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, fez novas denúncias sobre o elevado número de detenções arbitrárias e o uso desproporcional da força após as eleições presidenciais na Venezuela. Türk pediu a libertação imediata dos detidos e garantias de um julgamento justo para todos.
Repressão pós-eleitoral
Nos primeiros dias após a eleição, o alto comissário já havia manifestado preocupação com as prisões em massa ocorridas. Organizações não governamentais relatam que houve cerca de 1,3 mil prisões no contexto dos protestos pós-eleitorais, enquanto as autoridades venezuelanas afirmam que o número chega a 2,2 mil.
Documentação e denúncias
Segundo informações da ONU, muitos dos detidos não tiveram acesso a advogados de escolha e foram impedidos de se comunicar com suas famílias. Alguns casos configuram desaparecimentos forçados, de acordo com o Escritório de Direitos Humanos da organização.
A versão do governo
O governo venezuelano alega que está combatendo grupos criminosos pagos para promover o caos e tentar um golpe de Estado. Relatórios apresentados pelo Ministério Público destacam ataques contra policiais e lideranças chavistas, além de registrar vários feridos em confrontos com supostos grupos criminosos.
Movimentos sociais condenam repressão
Diversas organizações sociais venezuelanas condenaram as prisões e a repressão policial e militar nas últimas semanas. Pedem o fim da violência e que o governo não reaja de maneira violenta aos protestos pacíficos realizados após as eleições.
Denúncia e protesto
O Comitê de Familiares e Amigos pela Liberdade dos Trabalhadores Presos denuncia violações dos direitos e das leis durante as prisões, assim como rejeita a criminalização dos manifestantes. Movimentos sociais afirmam que a maioria dos protestos foi pacífica e legítima.
Controvérsia de um “falso positivo”
Um defensor de direitos humanos acusou policiais de tentarem prendê-lo, fato que foi negado por autoridades governamentais. A controvérsia gerou debates sobre supostas encenações e manipulações dos fatos por partes envolvidas em conflitos políticos.
Acusações de “terrorismo”
O governo Maduro justifica as prisões sob acusação de grupos terroristas promoverem atos violentos contra instituições estatais e lideranças chavistas. Autoridades destacam ações criminosas atribuídas a manifestantes e enumeram os danos causados a prédios públicos e privados, além de ataques a monumentos.