Estudo da OMS aponta que um quarto dos feridos em conflitos na Faixa de Gaza precisa de reabilitação
Lesões graves nos membros são a principal causa de necessidade de reabilitação
Pelo menos um quarto dos 22,5 mil feridos em conflitos na Faixa de Gaza até o dia 23 de julho apresentam lesões que exigem acesso a serviços de reabilitação no momento atual e ao longo dos próximos anos. Os dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e mostram que lesões graves nos membros representam a principal causa desse quadro. Estima-se que entre 13.455 e 17.550 do total de feridos na região apresentem esse tipo de lesão, muitos deles com mais de uma lesão.
Aumento de amputações de membros e lesões graves
A OMS notificou entre 3.105 e 4.050 amputações de membros em meio aos feridos em Gaza, além do aumento de registros de lesões na medula espinhal, lesões cerebrais traumáticas e queimaduras graves. Esses quadros contribuem para o montante de lesões graves e duradouras, afetando milhares de mulheres e crianças na região.
Serviços de saúde gravemente prejudicados na Faixa de Gaza
Atualmente, apenas 17 dos 36 hospitais em Gaza permanecem parcialmente funcionais, enquanto a atenção primária à saúde e os serviços prestados em comunidades são frequentemente suspensos ou inacessíveis devido à falta de segurança, ataques e ordens de evacuação. Além disso, o único centro para reconstrução e reabilitação de membros em Gaza foi desativado por falta de insumos e profissionais especializados, impactando ainda mais o acesso a tratamentos.
Escassez de profissionais e recursos comprometem serviços de reabilitação
Muitas equipes de reabilitação em Gaza foram comprometidas durante os conflitos, com 39 fisioterapeutas mortos até maio de 2024. Serviços de reabilitação e próteses hospitalares não estão mais disponíveis, e o número de pessoas com lesões que exigem tratamento excede a capacidade atual. Parceiros relatam dificuldades em reabastecer produtos essenciais, como cadeiras de rodas e muletas, devido ao fluxo restrito de ajuda para Gaza.