Eleições na Venezuela: Maduro reeleito e sistema eleitoral questionado
Maduro se declara vitorioso e defende sistema eleitoral
O presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, após ser declarado vitorioso nas eleições, defendeu veementemente o sistema eleitoral do país, afirmando que o mesmo é exemplar. Após cinco horas sem divulgar nenhuma parcial, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) finalmente informou na madrugada desta segunda-feira que Maduro obteve 51,2% dos votos, com 80% da apuração concluída. Em seu discurso logo após o anúncio da autoridade eleitoral, o líder venezuelano pediu respeito à vontade popular, enfatizando a legitimidade do processo eleitoral.
Ciberataque e acusações contra os Estados Unidos
Maduro também fez menção a um ciberataque ao sistema de transmissão de votos do país, alegando que houve uma tentativa de atrapalhar a divulgação dos resultados oficiais para provocar dúvidas sobre a lisura do pleito. Ele insinuou saber a origem dos ataques, fazendo uma referência velada aos Estados Unidos. Além disso, o presidente reeleito ressaltou a importância de cada país zelar por seu próprio sistema eleitoral, lançando uma indireta aos EUA ao mencionar que a Venezuela não interfere nas eleições americanas.
Metas para o novo mandato e relações internacionais
No início de seu terceiro mandato, Maduro prometeu paz, estabilidade, respeito à lei e justiça para o povo venezuelano. Ele anunciou a intenção de assinar um decreto para convocar um diálogo aberto com diversos setores econômicos, sociais e culturais do país. Agradeceu ainda o apoio de líderes de nações aliadas, como Cuba, Bolívia e Nicarágua. Por outro lado, o presidente venezuelano provocou o presidente da Argentina, Javier Milei, a quem chamou de nazifascista, em meio a tensões políticas na região.