Israel se mantém em silêncio após assassinato de líder político do Hamas
Israel se manteve em silêncio nesta quarta-feira, 31, sobre o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã. O regime iraniano prometeu vingança. Após reunião de seu gabinete, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, pediu que a população se prepare para “dias difíceis”. Segundo o The New York Times, citando fontes do governo iraniano, o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, encerrou uma reunião de emergência do conselho de segurança nacional com uma ordem de atacar diretamente Israel.
Ataque iraniano e retaliações
Em abril, 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos foram lançados contra Israel pelo Irã, em resposta ao bombardeio de sua embaixada em Damasco, na Síria, que matou oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária iraniana.
Conflito permanente
Haniyeh, de 62 anos, vivia no exílio, no Catar, e estava em Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Em abril, três de seus filhos foram mortos em um bombardeio israelense na Cidade de Gaza. Ele era um dos principais negociadores palestinos e peça-chave no time de diplomatas que tentava fechar um cessar-fogo. Críticos de Netanyahu e representantes das famílias dos israelenses sequestrados acusam o premiê de fazer de tudo para postergar o fim da guerra.
Contexto geopolítico do Oriente Médio
O assassinato de Haniyeh ocorre em um cenário de crescente tensão no Oriente Médio. Não apenas Israel e Irã estão envolvidos, mas também grupos como o Hezbollah no Líbano e os houthis no Iêmen. A situação é delicada e pode escalar ainda mais, envolvendo novas frentes de conflito. O Brasil, por meio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, condenou os ataques em Beirute e Temã, fazendo um apelo à comunidade internacional para conter a escalada de violência.
Declarações de autoridades
Netanyahu adotou um tom desafiador diante dos recentes eventos, afirmando que Israel desferiu “golpes devastadores” contra seus inimigos nos últimos dias. Ele mencionou diretamente a morte do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, mas não fez menção direta ao assassinato de Haniyeh. O governo brasileiro condenou veementemente os ataques e pediu por paz na região, destacando a importância da integridade territorial e da negociação diplomática. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse conflito que parece longe de uma resolução pacífica.