França vive dia de reflexão antes de eleições legislativas decisivas
A França vive um dia de reflexão neste sábado (6), véspera do segundo turno das eleições legislativas mais incertas, que poderão obrigar o presidente Emmanuel Macron a compartilhar o poder com um novo governo de extrema direita na Europa.
Decisão difícil para os franceses
Os quase 50 milhões de franceses convocados às urnas têm diante de si um dilema nestas eleições antecipadas: votar no partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen ou na “frente republicana” formada pela esquerda e pela coalizão de centro-direita?
Abertura das seções eleitorais
As seções eleitorais abrirão no domingo às 8h locais (3h de Brasília), após os eleitores que vivem nos territórios franceses na América e em outros países do continente americano votarem neste sábado.
Desdobramentos possíveis
“O que está em jogo neste domingo é, pela primeira vez na história de nosso país, a possibilidade de uma vitória da extrema direita nas urnas”, alertou na sexta-feira o líder social-democrata Raphaël Glucksmann.
Programa da extrema direita
Seu programa se baseia em três pontos: controle da imigração, segurança e poder de compra. O RN promete um “big bang” na autoridade escolar, além de reservar a nacionalidade para crianças com pelo menos um progenitor francês, entre outras medidas.
Formação da “frente republicana”
Para evitar isso, a Nova Frente Popular (NFP) — uma coalizão de esquerda que vai desde a ala social-democrata até anticapitalistas e que obteve 28% dos votos no primeiro turno — e a aliança de Macron (20%), formaram uma “frente republicana”.
Taxa de abstenção crucial
A taxa de abstenção será crucial. A participação no primeiro turno foi quase 20 pontos superior à de 2022, mas a política de abandonos poderia desanimar eleitores obrigados a votar em um candidato oposto às suas ideias.