Participação expressiva nas eleições legislativas na França
Cerca de 66,71% dos pouco mais de 49,33 milhões de eleitores aptos a votar participaram, neste domingo (30), do primeiro turno das eleições legislativas na França. O índice de comparecimento foi um dos maiores das últimas décadas, evidenciando o grande interesse da população no pleito, cujo segundo turno está agendado para o próximo domingo (7).
Taxa de participação espontânea mais alta em 25 anos
A taxa de participação espontânea registrada neste primeiro turno é a maior para uma eleição legislativa francesa desde 1997. O voto na França não é obrigatório, por isso os números impressionam ainda mais. Nas últimas eleições, em 2022, mais da metade dos eleitores se abstiveram de votar, evidenciando uma mudança significativa no comportamento do eleitorado.
Antecipação das eleições e guinada à direita
O presidente Emmanuel Macron dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições legislativas antecipadas este ano devido aos resultados desfavoráveis do partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional nas eleições europeias. A estratégia de antecipação foi considerada arriscada e o primeiro turno mostrou que a guinada à direita dos eleitores franceses pode se confirmar.
Resultados do primeiro turno e projeções para o segundo turno
No primeiro turno, o Reagrupamento Nacional liderou, seguido pela Nova Frente Popular e pelo Juntos Pela República. Apesar da vantagem dos partidos de direita, ainda há 501 assentos em disputa, o que torna incerto como a Assembleia Nacional se configurará após o segundo turno. O sistema eleitoral francês, conforme explicado por especialistas, difere do brasileiro e pode gerar cenários diversos no resultado final.
Impactos para a União Europeia e Brasil
Caso o Reagrupamento Nacional vença o segundo turno, a extrema direita assumiria o governo francês, mudando significativamente o cenário político no país. Os efeitos dessa vitória seriam sentidos não apenas na União Europeia, mas também no Brasil, com possíveis retrocessos no apoio a questões ambientais e comerciais, além de impactos em acordos internacionais.