Brasil registra queda significativa em casos e óbitos por Covid-19, mas SRAG preocupa
O Ministério da Saúde divulgou dados atualizados sobre a situação epidemiológica da Covid-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. As informações, referentes à Semana Epidemiológica (SE) 12 de 2025, mostram uma redução expressiva nos casos e óbitos causados pelo coronavírus, mas também deixam em alerta para o cenário ainda preocupante da SRAG, especialmente entre crianças e em algumas regiões brasileiras.
Queda nos casos e óbitos por Covid-19
Até o dia 22 de março, o Brasil registrou 164.438 casos de Covid-19 e 1.059 óbitos decorrentes da doença. Na SE 12, houve confirmação de 5.172 novos casos e 46 mortes. Em comparação com a semana anterior, os números indicam uma redução de 33,2% nos casos e de 31,3% na média móvel de óbitos.
Entre as unidades federativas com maior taxa de incidência estão Goiás, Distrito Federal, Roraima, Tocantins e Acre, com variações entre 7,7 e 34,7 casos por 100 mil habitantes. Apesar da queda geral, esses estados seguem com indicadores que demandam atenção.
Síndrome Respiratória Aguda Grave em destaque
Em relação à SRAG, o cenário ainda é crítico. Foram notificados 10.288 casos hospitalizados em 2025, até a SE 12, com identificação de vírus respiratórios. Nas últimas semanas epidemiológicas (SE 10 a 12), o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi o principal agente causador, respondendo por 37% dos casos, seguido pelo rinovírus (30%) e pela Covid-19 (17%).
Quanto aos óbitos por SRAG, 60% foram associados à Covid-19, enquanto o rinovírus representou 15% e o VSR, 6%. O Boletim InfoGripe apontou que nove unidades federativas apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de aumento no longo prazo até a SE 12. São elas: Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima.
Outros estados, como Mato Grosso, Tocantins e Goiás, também estão em alerta ou risco, mas com sinais de estabilização ou oscilação na tendência de longo prazo. Além disso, o aumento de SRAG entre crianças de até dois anos, associado ao VSR, tem chamado atenção, com incidências moderadas a muito altas em estados como Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Acre.
Campanha de vacinação contra a gripe
Com o objetivo de prevenir novos casos de doenças respiratórias, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição da vacina contra a gripe em 21 de março. A previsão é que 35 milhões de doses sejam enviadas para todas as regiões do país até o final de abril, com mais 30 milhões de doses distribuídas ainda em março.
A campanha de reforço da vacinação está prevista para começar em 7 de abril, contemplando todo o público-alvo. A iniciativa busca reduzir a sobrecarga nos sistemas de saúde e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis, contra complicações decorrentes da gripe e outras infecções respiratórias.
Conclusão
Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde mostram avanços no controle da Covid-19, com queda significativa nos casos e óbitos. No entanto, o cenário da SRAG ainda é motivo de preocupação, especialmente entre crianças e em regiões com altos índices de incidência. A campanha de vacinação contra a gripe surge como uma medida essencial para mitigar os efeitos das doenças respiratórias e proteger a população, reforçando a importância da imunização como ferramenta estratégica de saúde pública.