O Brasil não assina comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia
O Brasil foi um dos países que não assinaram, neste domingo (16), o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia. O documento pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e “reafirma a integridade territorial” ucraniana.
Lula revela motivo da não participação
Em entrevista coletiva na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que tomou a decisão de não participar do encontro internacional deste domingo. Ele afirmou que o Brasil só participaria da discussão sobre a paz quando os dois lados em conflito, Ucrânia e Rússia, estivessem sentados à mesa.
Proposta de negociação efetiva
Diante do impasse, Lula afirmou que o Brasil propôs, em parceria com a China, uma negociação efetiva para a solução do conflito. Ele enfatizou a importância de trazer Rússia e Ucrânia para a mesa de negociações, destacando que a paz traz mais benefícios do que a guerra.
Ambos os presidentes, Zelensky e Putin, ainda têm resistência em dialogar sobre paz, mas o Brasil está pronto para discutir quando houver disposição de ambos os lados.
Participação brasileira na cúpula
O Brasil enviou a embaixadora do Brasil na Suíça, Claudia Fonseca Buzzi, para representar o país na cúpula. O presidente ucraniano também esteve presente buscando apoio internacional para acabar com a guerra desencadeada pela invasão russa.
Sem unanimidade na assinatura do comunicado final
Ao fim da Cúpula para a Paz na Ucrânia, houve divergência entre as 101 delegações participantes. O documento foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Somália e Quênia, entre outros.
Os países signatários assumem a importância de preservar os princípios de soberania, independência e integridade territorial de todos os Estados. Além disso, ressaltam a necessidade de segurança nuclear e o uso adequado de instalações nucleares.
Propostas rejeitadas por Putin e Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, propôs um cessar-fogo imediato na Ucrânia em troca da retirada das tropas ucranianas de regiões anexadas por Moscou em 2022. No entanto, as condições foram rejeitadas pela Ucrânia, Estados Unidos e Otan, que buscam a saída das tropas russas do território ucraniano e a manutenção da integridade territorial do país.