Brasil avança pouco na adoção de padrões de qualidade do ar
O Brasil avançou pouco na adoção de padrões de qualidade do ar e na proteção à saúde da população em episódios críticos de poluição, conforme apontado pelo estudo Qualidade do ar em alerta. Realizado pelo Instituto Alana e Instituto Ar, a pesquisa analisou casos de poluição em nove países, incluindo o Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Espanha, França e Inglaterra.
Desatualização dos padrões de qualidade no Brasil
Segundo Evangelina Araújo, pesquisadora do Instituto Ar, o Brasil possui normas de qualidade do ar estabelecidas em 1990, o que representa uma desatualização de 34 anos em relação a outros países. A falta de atualização dos padrões coloca o Brasil e o Equador como os países que enfrentam os episódios mais críticos de poluição atmosférica.
Comparação com outros países
O estudo revelou que os níveis estabelecidos como padrão de qualidade no Brasil são mais permissivos em comparação com outros países como França e Espanha. Por exemplo, em Paris, medidas drásticas são adotadas, como a proibição de circulação de carros em áreas de grande tráfego durante episódios críticos de poluição.
Estratégias adotadas em outros países
Países como França e Espanha possuem protocolos detalhados para lidar com diferentes níveis de poluição do ar, incluindo a suspensão de atividades industriais em casos emergenciais. No Brasil, a resolução 506/2024 do Conama atualizou os padrões nacionais de qualidade do ar, alinhando-os gradualmente com os padrões da OMS.
Desafios e avanços necessários
Apesar dos avanços com a resolução do Conama, ainda é necessário um longo processo para alcançar os padrões ideais de qualidade do ar, estabelecidos pela OMS. É fundamental o engajamento de diversos setores através de políticas públicas eficazes e a conscientização da população sobre a importância da preservação da qualidade do ar.
Orientações para adaptação
Além das políticas públicas, é essencial que a população adote práticas individuais para minimizar os impactos da poluição do ar, como o uso de máscaras em dias de alta poluição, a umidificação de ambientes e o contato com a natureza. Adaptação e conscientização são os caminhos para lidar com os efeitos da poluição atmosférica.