Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha recebe financiamento de R$ 100 milhões do BNDES
A concessionária Caminhos da Serra Gaúcha S/A recebeu um financiamento de R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para garantir a liquidez da empresa, impactada por um evento climático extremo que atingiu o Rio Grande do Sul.
Os recursos serão utilizados para o capital de giro e dar suporte às necessidades de liquidez mais imediatas da concessionária.
Danos causados pela enchente
Segundo relatos da concessionária, em sua malha viária foram identificados pontos de bloqueio total de tráfego e diversos tipos de danos à estrutura rodoviária, como deslizamentos de terra, afundamentos, fissuras e trincas no pavimento, queda de árvores, acúmulo de água na pista, erosão e obstrução de drenagem.
Três serras e 18 municípios afetados
A concessionária opera uma extensão de 271,54 km que atravessa três serras – Serra de Farroupilha, Serra de Antônio Prado e Serra de Carlos Barbosa – e o Vale do Caí. A malha atende 18 municípios que tiveram o estado de calamidade pública decretado devido ao evento climático: Antônio Prado, Bento Gonçalves, Bom Princípio, Campestre da Serra, Capela de Santana, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Montenegro, Portão, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, São Vendelino, Triunfo e Vacaria.
Esforços de recuperação
A diretora responsável pelo Programa Emergencial do BNDES para o Rio Grande do Sul, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou que a instituição financeira está empenhada em esforços conjuntos com a rede parceira para a recuperação dos danos causados pelas enchentes no estado. Já a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, Luciana Costa, destacou que o BNDES procurou garantir a continuidade das operações da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha, como parte do esforço de apoio à recuperação do Rio Grande do Sul.
Atuação emergencial da concessionária
A concessionária participou inicialmente da liberação emergencial do fluxo de veículos em sua malha rodoviária, concentrando-se principalmente nas barreiras que desabaram sobre as rodovias, nas cabeceiras de pontes e nos sistemas de drenagem que não suportaram o volume das chuvas. Todo o efetivo operacional foi mobilizado, incluindo pessoal terceirizado, máquinas e equipamentos contratados para auxiliar nas tarefas de recuperação.