A Prefeitura de Boa Vista lançou nesta sexta-feira, 14, no Dia Nacional da Alfabetização, a Política Municipal de Alfabetização e Letramento. O anúncio, feito no auditório da Escola Municipal Nara Ney, no bairro Caçari, marca um novo capítulo na gestão educacional da capital.
A política municipal está alinhada ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e tem como objetivo promover uma educação pública de qualidade, equitativa e inclusiva, que incentive a leitura e a escrita com prazer e compreensão, garantindo às crianças o direito de aprender na idade certa.
Metas e prioridades da política
Segundo o secretário municipal de Educação e Cultura, Lincoln Silva, a iniciativa consolida diretrizes para que todas as crianças estejam alfabetizadas até o fim do 2º ano do Ensino Fundamental. “Essa medida consolida diretrizes para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até o fim do 2º ano do Ensino Fundamental. Além disso, reforça ações voltadas à recomposição das aprendizagens dos alunos do 3º ao 5º ano, ainda afetadas pelos impactos da pandemia”, explicou.
Experiência bem-sucedida na rede
A Escola Municipal Raimundo Eloy Gomes foi citada como referência no evento por aplicar práticas inovadoras e lúdicas na alfabetização. A gestora Edinar Castro Sousa explicou a metodologia usada com turmas do 1º e 2º ano e o reconhecimento recebido: o Prêmio Destaque em Alfabetização, concedido pelo Prêmio Gestão.
“Desde 2024, a escola investe em ações estratégicas que estimulam a leitura e a escrita por meio de jogos, leitura compartilhada e espaços adaptados tanto dentro quanto fora da sala de aula. O trabalho rendeu reconhecimento com o Prêmio Destaque em Alfabetização, valorizando o ambiente escolar criativo e acolhedor. A escola trabalha pautada nessa perspectiva de que letrar e alfabetizar é possível a partir de um ambiente que promove essas ações”, disse.
Ações estratégicas e acompanhamento
A nova Política Municipal de Alfabetização e Letramento estabelece marcos de aprendizagem que abrangem desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), garantindo continuidade, monitoramento e coerência ao percurso formativo.
Entre as medidas previstas estão o Projeto de Correção de Fluxo, voltado a estudantes com distorção idade-série e dificuldades de aprendizagem, e a oferta de formação continuada para professores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da EJA. O documento também determina acompanhamento pedagógico sistemático e a realização de avaliações internas bienais para monitorar o avanço da alfabetização na rede.
Para fortalecer as práticas em sala de aula, a política prevê a produção e distribuição de materiais didático-pedagógicos específicos, alinhados a metodologias de leitura, escrita e alfabetização matemática.
Inclusão e diversidade
De forma inédita, a política incorpora ações inclusivas direcionadas a escolas indígenas, do campo, contextos bilíngues e à educação especial, reconhecendo a diversidade cultural e linguística do município.
Ráyra Fernandes
