Greve em Israel por devolução de reféns em Gaza causa paralisações
Protestos e Luto
No último domingo, milhares de israelenses marcharam nas ruas em um protesto marcado pela dor e pela indignação após a descoberta dos corpos de seis reféns em Gaza. Essa manifestação, estimada em 500 mil pessoas, foi considerada uma das maiores desde o início da guerra.
Reações ao governo
As famílias das vítimas e parte da população responsabilizaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pela tragédia, alegando que ele poderia ter negociado a devolução dos reféns vivos em um acordo com o Hamas. A pressão se intensificou, resultando no raro pedido de greve geral feito pelo Histadrut, o maior sindicato de Israel.
Paralisações e Intervenções
No dia seguinte aos protestos, setores-chave da economia israelense foram afetados pela greve, com destaque para o aeroporto internacional Ben-Gurion. Companhias aéreas suspenderam check-ins e partidas de voos durante parte da manhã, gerando transtornos para os passageiros.
Além do setor aéreo, bancos, shopping centers, escritórios do governo e serviços de transporte público também foram afetados pela paralisação. No entanto, mesmo com a adesão de alguns segmentos, relatos indicam que as interrupções não foram tão significativas quanto o esperado.
Posicionamentos Divergentes
Enquanto a greve reflete a insatisfação de uma parcela da população com a gestão do governo em relação ao conflito com o Hamas, há também grupos que apoiam a estratégia de pressão militar adotada por Netanyahu. Para esses apoiadores, a ação militar contínua será crucial para forçar o grupo terrorista a ceder às exigências de Israel e eventualmente encerrar o conflito de forma vantajosa.
A mídia israelense relatou que o Estado tentou cancelar a greve, alegando motivações políticas. A situação reflete as profundas divisões e incertezas políticas presentes na sociedade israelense diante do conflito em Gaza.