Investigações sobre o candidato da oposição venezuelana
O principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González, foi novamente notificado pelo Ministério Público da Venezuela para prestar esclarecimentos sobre a investigação relacionada à publicação de supostas atas eleitorais em uma página na internet que indicam sua vitória. O fiscal-geral do MP, Tarek William Saab, determinou que González compareça à sede do órgão em Caracas, nesta terça-feira.
Acusações e investigação do Ministério Público Venezuelano
O Ministério Público alega que a manutenção da página com as supostas atas eleitorais pode incorrer em diversos crimes, como usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à desobediência das leis, delitos informáticos, associação para delinquir e conspiração. A investigação do MP aponta que a página busca usurpar as competências do Conselho Nacional Eleitoral, único órgão com poder para publicar os resultados das eleições na Venezuela.
Manifestações do candidato e acusações mútuas
O candidato González se manifestou em uma rede social questionando a imparcialidade do fiscal-geral venezuelano e alegando que está sendo submetido a uma entrevista sem especificação das condições e pré-qualificação de crimes não cometidos. Ele acusa o MP de conduta politizada e falta de garantias de independência e devido processo.
Contexto político conturbado na Venezuela
O governo de Nicolas Maduro tem acusado o candidato da oposição, juntamente com María Corina Machado, de serem os responsáveis intelectuais pela violência nos protestos pós-eleições, com o objetivo de promover um golpe de Estado. Esses atos teriam resultado em mortes, prisões e feridos, incluindo agentes de segurança. Por outro lado, a oposição acusa o governo de fraude eleitoral, repressão e prisões arbitrárias de manifestantes.