Grupo de hackers iraniano ataca contas de WhatsApp de funcionários da administração de Biden e da campanha de Trump, diz relatório
Descoberta da rede de hackers
A Meta Plataforms divulgou um relatório nesta sexta-feira apontando que um grupo de hackers iraniano tentou invadir contas do WhatsApp de funcionários da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da campanha presidencial do ex-mandatário Donald Trump. A descoberta da rede de hackers foi feita após denúncias de indivíduos que receberam contatos de supostos funcionários de empresas como AOL, Microsoft, Yahoo e Google para suporte técnico. Os investigadores da Meta vincularam a tentativa de invasão com um outro ataque cibernético contra a campanha de Trump no início de agosto, que divulgou relatórios internos da campanha sobre o senador J.D. Vance, companheiro de chapa de Trump.
Ataques cibernéticos iranianos
Segundo o FBI, o ataque hacker contra a campanha de Trump e a tentativa de violação da administração de Joe Biden fazem parte de um esforço iraniano mais amplo para interferir nas eleições presidenciais dos EUA. Um comunicado da Meta apontou que os hackers tentaram atingir contas do WhatsApp de indivíduos no Oriente Médio, nos Estados Unidos e no Reino Unido. A empresa afirmou não ter visto evidências de comprometimento das contas do WhatsApp, mas compartilhou suas descobertas publicamente e com as autoridades policiais.
Motivações e contextos dos ataques
As autoridades de inteligência dos EUA apontam que o Irã tem motivos diversos para agir de forma agressiva com ataques cibernéticos e desinformação, como confundir e polarizar os eleitores para minar a confiança na democracia dos EUA, bem como opor-se a candidatos que aumentem a tensão entre Washington e Teerã. O Irã tem histórico de confrontos com os EUA, destacando-se a vingança prometida contra Trump por medidas tomadas durante sua administração, como o fim do acordo nuclear e a ordem de morte do general iraniano Qassem Soleimani.
Inteligência Nacional
Em julho, a diretora da Inteligência Nacional, Avril Haines, informou que o governo iraniano forneceu apoio aos protestos em universidades americanas contra a guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas em Gaza. Grupos ligados a Teerã se passaram por ativistas online, encorajaram manifestações e forneceram apoio financeiro a alguns grupos. A ação do Irã no cenário cibernético é parte de um contexto mais amplo de tensões e disputas geopolíticas.