Autocrata húngaro Viktor Orbán visita presidente russo Vladimir Putin em Moscou
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, está em uma missão em Moscou nesta sexta-feira (05/07) com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma tentativa de mediar a guerra na Ucrânia. Com a Hungria atualmente na presidência rotativa da União Europeia, Orbán tem enfrentado críticas por suas ações e posicionamento em relação ao conflito.
Visitas prévias e objetivo da mediação
Essa não é a primeira vez que Orbán se encontra com Putin desde o início da invasão em larga escala na Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022. O líder húngaro tem bloqueado a ajuda da União Europeia para Kiev e as sanções contra a Rússia, o que gerou controvérsias e divisões dentro da UE.
Orbán expressou que durante seu mandato de seis meses na presidência rotativa da UE, pretende promover uma paz negociada na Ucrânia, em contrapartida às políticas mais rígidas adotadas por outros países europeus.
Reação da Otan e críticas da UE
A visita de Orbán a Moscou foi precedida por informações à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), onde o secretário-geral Jens Stoltenberg destacou que a viagem era na condição de primeiro-ministro húngaro e não em representação da organização.
Por outro lado, líderes da União Europeia, como a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell, expressaram preocupações e críticas em relação à abordagem adotada por Orbán. Enquanto Von der Leyen alertou que o apaziguamento não deterá Putin, Borrell enfatizou que a visita não representa a União Europeia como um todo.
Essa reunião bilateral entre Orbán e Putin em Moscou gera tensões e discordâncias dentro da UE, com líderes como o chanceler alemão Olaf Scholz enfatizando a importância da solidariedade com a Ucrânia e a manutenção de pressões sobre a Rússia.
Influência da Hungria na UE e desafios futuros
A presidência de seis meses da Hungria na UE proporciona ao país da Europa Central uma posição de destaque na definição da agenda e prioridades do bloco. Entretanto, as ações e posicionamentos adotados por Orbán durante esse período podem influenciar as relações internas da UE e as políticas em relação à Rússia e ao conflito na Ucrânia.